domingo, junho 25, 2006

Os sitios secretos, a lua cheia..

Hipnotizado... Pela gota que vai deslizando pelo vidro frio
Que sem aviso torna a minha reflexão misturada no horizonte...
Que ficou perdido no tempo, perdido da razão que pensava ser eterna
Do nascer do sol... da lua cheia...das harmonias de encantar
Que cantavam uma história, que não merecia acabar
Da manta que me cobria em cada estação diferente,
Perdido, perdido de não saber o porque do meu respirar
De tudo aquilo que era o sorrir de uma vida...
Agora sei, a razão era tudo aquilo que não via
O que estava por trás do que sentia e não percebia,
Era a composição que cobria as minhas asas de inocência
E me deixava voar sem saber de nota em nota até à magia...

quinta-feira, abril 20, 2006

Sacred Past

Isto costumava ter um fundo preto, com letras brancas. Era constante a presença de palavras constrangidas, negras, mortas, brancas, vivas... Era constante a presença da Débora [hysteria./missMadness] e do Gonçalo [dante/halloween]. Se bem que eu [hysteria./missMadness] conto mais, porque EU é que tive a ideia de criar esta coisa linda... Foi giro ao inicio, mas rapidamente nos esquecemos do nosso objectivo, seja este, fazer passar as nossas ideias a alguém!

Passado um ano, proponho reformular este blog que até tem um nome muito sugestivo [escolhido por mim e tal]. Se o Gonçalo quiser... a chama sagrada voltará a queimar! :o

Long live "The Sacred"!

Débora G.

sábado, março 19, 2005

[Chama por mim...]

Quando estiveres só
e precisares de alguém,
Chama por mim.
Eu fico contigo.
Quando o mundo não te ligar
e precisares de alguém,
Chama por mim.
Eu falo contigo.
Quando caires
e precisares de alguém,
Chama por mim.
Eu levanto-te.
Quando estiveres fraco
e precisares de alguém,
Chama por mim.
Eu dou-te força.
Quando estiveres farto de gritar
e ninguém te ouvir,
Chama por mim.
Eu escuto-te.
Quando não conseguires ver
e precisares de alguém,
Chama por mim.
Eu ajudo-te.
Vem ter comigo...
Estou aqui,
perto de ti.
Chama por mim!...

domingo, março 13, 2005

A Solitária

Engrenagens ideias sem saudade nem perdão

Quinta parte de um mundo

Limado pela extrema saudade,

pelas nostálgicas runas,

e pela falta das técnicas

que ajudam e salvam

na evolução constante e recorrente,

do homem e seu irmão.

Misticísmo do que é hoje,

a Meca central das frases e frases

gelam, congelam.

Idealismo radical

nascimentos presentes

a parte original e lúdica

de um diário mal encadernado

numa embalagem inutil, e ermital.

sexta-feira, março 11, 2005

Amizade

Apesar de não ser o post que eu tinha em mente para apresentar aqui, é igualmente bom quanto o outro “pré-pensado”. A ideia para este post surgiu-me logo após uma leitura de um texto de um amigo meu [Guilherme]. Falavas tu de desvelo, das pessoas que nos deixam marcas, de partidas saudosas, carinho, enfim, da amizade… E é verdade, em todo o nosso percurso fartamo-nos de conhecer pessoas. Algumas apenas nos parecem importantes quando estão próximas de nós e quando se afastam não somos capazes de sentir uma grande perda, sentimos tristeza por esse alguém se afastar, mas não ficamos presos por e a esse alguém. Outras fazem-nos sentir solitários sem a sua presença, marcam uma posição emocional e imagética no nosso coração, que muitas vezes é difícil, se não utópico, fazer desaparecer a imagem daquela pessoa da nossa cabeça... Saudades, é aquilo que sentimos quando estamos fisicamente apartados dessa pessoa, embora às vezes também possa ser uma distância psicológica; criamos laços que por vezes tornam-se inquebráveis e se por algum motivo esse alguém a quem nos amarrámos, nos falhar... o que acontece? Choramos? Rimos? Permanecemos ireaccionáveis?... Impossível é não sentir nada quando alguém nos abandona... até mesmo que seja um inimigo nosso, ao menos sentimos aquele orgulho, “felicidade”, vontade de rir e de falar mal do inimigo porque esse já vai bem longe. Se temos sentidos é para os utilizar, sentimos amizade e carinho pelos que nos são mais próximos, sentimos a necessidade de ajudar e de sermos ajudados por esses mesmos. Tesouros... como tu o dizes a amizade é um tesouro, com o seu devido preço [acrescento eu]... cabe a nós pagarmo-la com os nossos sentimentos em troca de outros de outro alguém!

domingo, março 06, 2005

Depois de tantos posts em que só me queixei do mundo acho que também merecem ter um post para saber que também há coisas boas neste mundo, e que a filosofia não se aplica apenas à morte e afins, como também mexe noutras pastas da nossa mente, das nossas acções e dos nossos sentimentos, pois é disso que toda a filosofia é feita, amor, carinho, paixão e entendimentos entre todos, cada um, um só, ou 20 corações em conjunto. Sou feliz, sou idealmente feliz, tenho o que quero, tenho quem me compreenda e tenho quem compreender. Entretanto, há certas coisas que se apresentam como certas, o que dá uma pequena sensação de conforto que sabe bem de ouvir e ver. Ando sempre com símbolos que me lembram dela de uma maneira ou de outra, pois é disso que eu vivo. Será? Amo-te. Idealmente amo-te. Energicamente amo-te. No fundo, amo-te... para sempre...

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Obrigada

Obrigada... palavra tão simples e ao mesmo tempo tão profunda... Achei eu que esta era a melhor palavra para começar este meu "desabafo". Afinal de contas, 17 anos depois, ainda tenho muitos obrigadas a dever. Obrigada... a todos os que se importam comigo, a todos os que se riem comigo porque sei que a esses não passo desprecebida, os que estão em sintonia comigo e me percebem, para todos aqueles que eu conheço e para aqueles que hei-de conhecer...
Peço desculpa...

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Para Ti...

E é assim, mais uma vez escrevo para ti minhas palavras brancas de sentido e tão pseudo-filosóficas... Penso em ti, e a dor de não te puder sentir aumenta. Dizem, pior que a dor física, é a dor psicológica, aquela que me causas quando me envoltas num paradoxo tão profundo quanto o mundo. Posso ser diferente de todos, mas não sou decerto insensível, tenho sentimentos e disso estou eu bem certa. Sinto tudo à flor da pele, intensivamente e incansavelmente, incessantemente noite e dia inteiros. Sinto!... E por agora sinto a tua distância em relação a mim. É grande. Parece diminuir de quando em quando, outras vezes, pelo contrário, parece aumentar! Mas eu, eu não quero, nem sei pensar assim! Se a distância entre... nós [se o posso dizer], fosse igual à minha dor, podes acreditar que sofro e quero parar de sofrer assim. Aproxima-te, sem medo! Tento sobrepor a esta dor psicológica uma outra dor,..., no momento que o faço, alivia-me da depressão que me causas, mas rapidamente voltas a aparecer no meu pensamento. És talvez, uma constante inconstante no meu ser, vivo com a tua dor, com a minha paixão, vivo com o mundo enfim. E nisto tudo, ainda tenho tempo para pensar como sou capaz de sobreviver... E sei, sei que a dor que me causas só me fortalece. Faz-me lembrar que tenho de lutar se algo ou alguém quero! Faz-me lembrar que vivo... [obrigada por isso]. Quero te sentir!... Ou melhor, sinto-te, mas longe. Quero te sentir perto, sem preconceitos, desligado das opiniões alheias, tu mesmo... Tu, como escassas vezes me mostras. [Será que tens medo de mim?! Queres sentir alguém mais que não a mim? Eu respeito...] E eu na minha “quase” pura ingenuidade penso que algum dia possas sentir alguma coisa por mim... Nem que seja a dor de não me possuíres, ao menos não te seria indiferente. Mas o que quero que sintas por mim, decerto que dor não é! Não quero, nem sequer desejo isso a ninguém! Não é dor, nem é ódio, não é felicidade só, nem é apenas amizade mas sim [talvez] amor... Gostava que, algum dia, alguém sentisse isso por mim. E ainda continuo à espera de alguém... Eu peço desculpa se ofendo alguém, mas até hoje não consegui sentir o verdadeiro amor, aquele de que tantos falam... O melhor de todos [se calhar porque nunca experimentaram mais nenhum...]. Talvez nunca tenha sentido assim porque sempre penso de uma maneira a que eu gosto de chamar “segura”, ou seja, altos voos, altas quedas trazem e por isso devemos jogar pelo seguro. Certamente não quero cair e correr o risco de me magoar, talvez, em vão... Quero ter certezas, mas certezas, essas estão lá longe de mim! Sou incerta e inconstante. Sou paixão que inflama e queima o meu engenho. Sou o silêncio penetrante, quando nem teu nome refiro. Sou eu, sem ti, a vaguear no meu sofrimento faustoso... A vaguear, a vadiar, a considerar a minha existência, a tua e a das gentes. Vivo em alucinações ilusionistas sobre aquilo que sentes por mim, alheio-me nestas palavras soltas, sem conexão alguma, à procura de respostas, à procura de ti em mim, estás aqui, longe, mas estás...

terça-feira, fevereiro 15, 2005

A Minha Solidão

As pessoas amadurecem e os sentimentos amadurecem connosco. Mas será isto realmente verdade? Quero pensar que sim... Mas há sempre algo que me contradiz, talvez não algo, mas sim alguém que me faz contradizer. Faz-me pensar que sim e que não, enrola-me numa espiral de contradições da qual não sei se sou capaz de sair. Estou presa por e a esse alguém e só esse tal me pode libertar. Ele tem a chave capaz de me soltar ou talvez de me acalmar... Mas não percebe! Se calhar sabe, eu é que não sei se percebo, nem percebo o que sei. Sei quem sou [ás vezes], mas não sei quem ninguém é [ás vezes, também]. Sei o que quero, mas tenho medo de o querer. Sei que tudo é possível, basta querer [como diria a “Pantufa”] o que me leva a acreditar que o querer depende da nossa vontade e penso... Não pode ser. Eu sei que tenho vontade em querer e no entanto não é possível realizar esse meu querer. Tão perto e tão longe, é assim que eu sinto... E mais uma vez penso. Quem me ouve, quem me lê, e quem se importa?! Nas minhas palavras vejo o silêncio, assim como na vida vejo a morte. O silêncio diz-me algo, dá-me curiosidade e medo, angústia e felicidade, traz-me ninguém... Ninguém! Solidão. A minha solidão... procuro-a nestas palavras desmaiadas e brancas de sentido para alguns, são tantas elas, mas no fim dizem tão pouco... O Essencial! Dizem aquilo que eu sinto e quero, falam de mim, falam de ti [sem o saberes], dizem segredos, falam da minha solidão...

sexta-feira, fevereiro 11, 2005

Tendo em conta que nada tem em conta o que nós somos, sei que o que quero és tu, e mais ninguém. Falamos de farsas ignóbeis e totalmente confiantes, um dia vamos ganhar a confiança um do outro. Começo este post desta maneira, porque apesar de já ter um post em vista achei que ficava bem esta frase. Apesar do resto do post não ter nada a ver. Ontem fui ao segundo funeral da minha vida. Um funeral cristão como é óbvio, e achei o teatro tão deprimente como qualquer um acharia, mas não pelas mesmas razões. A Religião cristã. mais uma hipocrisia criada no tempo dos santos mais pecadores que eu tu ou o outro, leva-nos a querer até ao fim da nossa vida, que isto é apenas uma paragem, semi inútil, e que a morte é que nos levará no caminho certo, portanto que não devemos temer a morte, e que devemos recebê-la de braços abertos. Isto tudo em teoria. Na hipótese mais prática e próxima da morte consciente que qualquer um de nós alguma vez iremos estar - um funeral - dizem-nos para chorar o defunto, pois ele merece as nossas lágrimas para chegar ao bendito descanso eterno que, supostamente, será a melhor parte de toda esta viagem. No entanto, isto é uma ocasião triste. Porque não celebrá-la como muitos outros povos? Eu insisto em celebrá-la. Teve uma boa vida, confortamos nós. Sabendo que se fosse connosco, a vida não seria a mesma. Iríamos chorar o mesmo, por outra pessoa que a nós mais se chegou. Não merecemos ter esta vida para a gastar a chorar. Odeio a morte. Mas odeio ainda mais quem odeia a morte.

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

[Atrás da Porta...]

Atrás da porta,
O sonho.
Atrás da porta,
Eu...
Tu...
O irreal
E o real!
Atrás da porta,
O mundo...
Obscuro e cruel,
O tempo...
A vida...

segunda-feira, fevereiro 07, 2005

Sentidos

Não sei o que dizer [ou escrever], são tantas as ideias que me passam pela cabeça... e nenhuma me parece suficientemente boa e apresentável. É como se tivesse a minha cabeça cheia de nada e o nada fosse tudo. Penso, penso e penso mais... Melhor, reflicto e nada, simplesmente não consigo escrever nada que vos transmita algo com sentido, como se a parte do meu cérbero que diz “Escreve!” tivesse adormecido... e eu sozinha não a consigo acordar. Mas de que mais preciso eu para despertar o ser que comanda os meus sentidos “escritores” [se tal palavra existe]? Preciso de ti... Não! Preciso de mim acima de tudo... E hoje, estou fora. Fui passear para muito longe, para sítio nenhum, onde nós somos os sentidos e os sentidos somos nós. Eu sou o tacto, sinto as texturas, toco o ar, toco no mundo! Sou o paladar, que saboreia, prova as nuvens, saboreio o mundo! Sou o cheiro, “farejo” a terra húmida em que andamos, inalo o mundo! Sou a audição, ouço vozes... a gritar, ouço tudo, ouço o mundo! Sou o olhar, vejo-te a ti, olho-me ao espelho, vejo-me a mim, observo todos, observo e aprecio o mundo. Mas sozinho não consigo tocar no mundo, não consigo ouvir, não consigo saborear, não consigo cheirar... Junto dos outros sentidos sou um ser, um ser quase completo... Sim! Nunca estou completa, pois considero que à medida que crescemos, ficamos mais velhos e experimentamos novas sensações, situações (...) construímo-nos, logo nunca estamos completos. Mas se apenas possuirmos um sentido, nunca saberemos como o mundo é “visto”, “sentido”, “tocado”, noutros sentidos... Sou um ser, tenho cinco sentidos e outros tantos em construção e por aparecerem também... Sou um Ser, sou Vida, sou Tudo e Nada sou!

Sabem que toda a gente antes de dizer não diz sim? dão sempre uma certeza absoluta porque sabem que isso só irá causa mais dor e mais frustração do outro lado da conversa? Porque sabem o que significa um sim sabem a felicidade que isso trás e sabem que o não está tão próximo como um segundo? Mas depois olhamos para ela, e sabemos que já lhe dissémos de mais. Sabemos que a amamos, e queremos que ela nos ame, e pensamos: O qeue acabei eu de fazer? Amo-te. Desculpa-me. Peço desculpa a toda a gente deste blog por este desabafo, mas é que estou mesmo mal. Peço desculpa.

domingo, fevereiro 06, 2005

Já repararam, com certeza, no número estúpido de pessoas que se tentam intrometer na vida de todos e de cada um? Que ninguém tem privacidade, nem na parte mais constante e escondida da sua mente, ainda que perversa, assassina, senil ou masoquista, não há vida sem parasitas. O desespero é demasiado para falar de tudo aquilo que nos passa pela mente, sem nunca querer admitir tudo o que vem e vai, sem querer admitir que não queremos admitir sempre a descer cada vez mais, o desempenho, a vida, social, o amor, as amizades fortes, uma depressaõ que atinje a todos á volta, ficamos solitários, sem ninguém, não vivemos, não saimos somos apensa, bestas sem identidade, sem nada para viver sem nada para achar que se tem, quando se chega a casa, e tudo o que se pode fazer é MANDAR UM GRITO!

Ninguém é Igual

Somos que somos! Temos a nossa personalidade, somos reais e verdadeiros, não imaginários, nem sequer somos robots estereotipados por cientistas. Então porque existem os ditos “tipos” de pessoas?... Cada vez mais a juventude insiste em se estereotipar ela própria em grupos do género: dreads, betos, punkers, metaleiros, góticos [por aí..] mas porquê? Quanto a mim, essas atribuições não estão de todo correctas, pois como já disse, nós somos quem somos, temos o nosso nome, a nossa identidade,... E ninguém tem o direito de nos a tirar. Somos seres individuais, não somos um colectivo, nem pertencemos a seitas [embora estas existam] somos seres humanos todos diferentes, a cada um pertence uma função específica para realizar nesta vida, neste mundo... Ninguém é igual! Embora tendamos a cair para o lado de nos robotizarmos... Vivemos a nossa vida cada um à sua maneira, não é simplesmente à minha maneira, nem à tua maneira, cada um tem a sua, e não podemos [nem temos o direito] de impor os nossos ideais sobre os de outra pessoa, pois vivemos em comunidade e somos todos livres e iguais. Assim como eu gosto que me respeitem, também respeito os outros. Não gosto que me julguem falsamente, porque eu também não julgo ninguém atribuindo-lhe um “tipo” erradamente, somos quem somos...e isto diz tudo! Keep living! Breathing! Surviving!...

sábado, fevereiro 05, 2005

Weak and Powerless

(A Perfect Circle)

Tilling my own grave to keep me level...
Jam another dragon down the hole...
Digging to the rhythm and the echo of a solitary siren...
one that pushes me along, and leaves me so...
desperate and ravenous...
I'm so Weak and powerless over you...
Someone feed the monkey while I dig in search of china...
White as Dracula as I approach the bottom...
so desperate and ravenous.
I'm so Weak and powerless over you...
Little angel, go away...
Come again some other day...
Devil has my ear today...
I'll never hear a word you say...
He Promised I would find a little solace and some peace of mind...
Whatever. just as long as I don't feel so desperate and ravenous.
I'm so Weak and powerless over you...
esta é a musica mais linda que eu ja ouvi na minha vida... pa, simplesmente diz tudo aquilo que eu penso ;) é simplesmente no coments! (tentem saka-la ou ouçam-na em www.aperfectcircle.com)
Fiquem bem ! *** =)

Amor

Amor. O amor. Amei-te. Amarte-ei. Nunca. Para sempre. O amor é uma resposta primitiva aos nossos medos, uma tentativa de salvação, como que uma resposta aos nossos desejos, mas ao mesmo tempo um carinho infinito nos braços de um companheiro. Quando uma catástrofe, um problema ou mesmo um simples contratempo se cruza no nosso caminho, sabe sempre melhor enfrentá-lo no abraço do amor eterno, ou que achamos ser eterno. Será que o amor é uma sensação real, palpável como tudo o que atravessamos todos os dias, a toda a hora? Podemos escolher o amor, como quem escolhe um caminho, ou uma vida? O amor é o mistério da humanidade que mais pessoas pensam compreender e menos realmente compreendem, se nem existe, a sua compreensão é impossivel, se existe, ainda mais dificil é. O amor é uma metáfora para tudo o que não queremos ou não podemos ver, para o imaginário, para o sonho e para a vida que nos adianta. O amor e a dor são sempre e serão sempre postos no mesmo catálogo mental, porque para sempre estão relacionados, subindo e descendo a alma. O Amo-te real. O não te amo. O amarte-ei. O já te amei. O amor é efémero. A vida é efémera. Amo-te. Para nunca.

Eu Sei

Eu Sei!... Eu sei que tudo é inconstante e que quando queremos que o tempo passe depressa é quando ele passa mais devagar. Eu sei que tudo é substancial e relevante. Eu sei que este mundo é sublime, pertence ao mais alto grau de perfeição, embora quase ninguém o queira admitir. Eu sei que tudo é vida e que a morte há-de vir. Também sei que, para mim, a morte é o único momento da nossa vida mais feliz, para mim a morte é o momento em que abandonamos este mundo sublime, mas cruel e nefasto porém. Eu sei que vivo... Eu sei que sufoco... Eu sei que estou a padecer viva aos poucos e poucos. Eu sei que a morte há-de ser pontual e que o seu julgamento há-de ser justo. Sei que quem não peca, não tem nada a temer, por isso, hoje sei que, tenho algo a temer. Sei agora que a minha vida é [ou deveria ser] um temor. Terei então que viver o resto à cautela. Não cometerei erros idênticos aos que já cometi... E assim viverei...

sexta-feira, fevereiro 04, 2005

O que nós queremos realmente da vida, será igual para todos? Será que realmente TODOS nós queremos a felicidade, a saúde e o dinheiro que todos nos apregoam de uma forma tão explícita que até nos aptece rebentar? Ou será que, o que alguns apenas querem, sempre quiseram e sempre quererão é fugir, ficar sozinho, morrer? Será que a morte resolve alguma coisa? Será que a morte de alguns de poucos ou de alguns traz alegria para os outros? Será que nenhuma alma maldita merece o castigo da morte? Irreversível? Sempre fui contra a morte. Em toda a minha vida. Axo que é o egoísmo máximo, para quem nos ama, para quem gosta de nós para quem apenas nos conhece... no fundo no fundo ninguém quer mal a ninguém (tirando a certas professoras de matemática :P). O que será pior? Morrer, ou viver como um morto? Será que, por termos estado mais algumas horas, meses ou mesmo anos na Terra isso de alguma maneira vai imortalizar o nosso nome? Como certos artistas, que só foram realmente artistas depois da sua morte? Trabalharam a vida toda para uma fama e um respeito que sabiam que só chegaria depois da sua morte, e que iria ser transmitido por gerações, até ao final dos tempos, aí sim, imortalizando o seu nome, de uma forma que hoje nos fascina e sempre nos fascinará? Certos sentimentos, também eles, formas de nos ocupar durante a vida? Será que o único propósito da vida é, realmnt, a morte? ~ Mistérios, nunca saberemos a resposta. Todos a sabemos, mas ninguém a sabe. nem nunca saberá. A morte é o nosso maior dom, e saber adiá-la é o nosso maior desejo.

Tempo, Relógio Vida

Tempo, s.m. medida arbitrária da duração das coisas; sucessão eterna de instantes; a época actual; prazo; demora; vagar; ensejo (oportunidade); ocasião propícia; momento próprio; (lat. tempu[s]).
Não só gosto de ler no dicionário tempo como medida arbitrária da duração das coisas, como gosto de pensar que tempo é vida. Será o tempo uma unidade verdadeira ou será apenas fictício? Uma unidade criada por nós, as horas, para simplesmente as vermos passar, depressa ou devagar. Hoje em dia, não vivemos sem o tempo, somos dependentes do relógio, escravos das horas, escravos do tempo, logo, escravos da vida. Para mim, o tempo não é nada mais do que uma unidade, uma unidade criada por alguém, talvez para que esse alguém se pudesse organizar melhor, ou para esse alguém descobrir à quanto “tempo” cá estamos... Bem, se calhar foi simplesmente um gajo maluco que não tinha mais nada para fazer, começou a bater com uma caneta na mesa e pensou, “olha que giro! E se eu inventasse uma máquina que fizesse bater a caneta a um ritmo constante?!..”. Se eu vivesse na mesma altura, pá..acho que apoiava completamente o gajo, se bem que agora, após uma prolongada reflexão sobre este assunto, não consigo encontrar utilidade para tal máquina – supostamente o relógio – a não ser a utilidade de nos prender a algo, escravizar-nos. Somos escravos do tempo e não podemos desmentir este facto. Quantos de nós não têm um despertador, que vos acorda todos os dias sempre à mesma hora? Todos têm um despertador, nem que seja o pai ou a mãe a gritarem “Levanta-te!!!”. Todos temos uma rotina...E a minha questão é esta: não vos apetece de vez em quando quebrarem a rotina? Vejamos, um belo dia acordamos com o barulho irritante de uma buzina de um camião (este foi o pior exemplo que consegui arranjar...), ok...é melhor o despertador, ouvimos um barulho merdosamente estridente e irritante, o nosso primeiro reflexo é o de levantarmo-nos e o segundo será o de partirmos a porra do despertador. Aqui, o acto de partir o despertador vai servir como uma mudança, pois o nosso organismo estará tão habituado a acordar com o despertador, que se este não estiver presente a tocar ás X horas, não acordamos, melhor, não acordamos a horas. Sem o despertador, tempo, horas, chegávamos atrasados à escola ou trabalho, não nos conseguiríamos organizar...seria talvez um perfeito caos, visto que hoje em dia vivemos tão dependentes desta sucessão eterna de instantes que é o tempo. Mas já imaginaram se ninguém tivesse pensado no tempo, não haveria relógios, horários, poderíamos realizar tarefas com prazos extensíveis ás nossas necessidades, não existiria uma unidade que dissesse quando. Bom, mas o tempo existe e eu estou a perde-lo...
“Por isso tomo este ópio, é um remédio, Sou um Convalescente do Momento, Moro no rés-do-chão do teu Pensamento, E ver passar a vida faz-me tédio.” (Fernando Pessoa, Opiário)
Por isso, nunca deixem a vida (tempo) passar, aproveitem-na ao máximo sempre que puderem, tentem se desprender um pouco daquelas máquinas irritantes que fazem tic toc a um ritmo constante. Não digo para largarem o tempo, pois seria o mesmo que largarem a vida. Digo para em vez de viverem o tempo presos a horários e compromissos, vivam a vida por vocês próprios, criem as vossas próprias regras, horários e vida. Criem um novo mundo, um mundo que marque posição, um mundo intemporal, um mundo completamente renovado e com as nossas regras.
Débora G.