sexta-feira, fevereiro 04, 2005

Tempo, Relógio Vida

Tempo, s.m. medida arbitrária da duração das coisas; sucessão eterna de instantes; a época actual; prazo; demora; vagar; ensejo (oportunidade); ocasião propícia; momento próprio; (lat. tempu[s]).
Não só gosto de ler no dicionário tempo como medida arbitrária da duração das coisas, como gosto de pensar que tempo é vida. Será o tempo uma unidade verdadeira ou será apenas fictício? Uma unidade criada por nós, as horas, para simplesmente as vermos passar, depressa ou devagar. Hoje em dia, não vivemos sem o tempo, somos dependentes do relógio, escravos das horas, escravos do tempo, logo, escravos da vida. Para mim, o tempo não é nada mais do que uma unidade, uma unidade criada por alguém, talvez para que esse alguém se pudesse organizar melhor, ou para esse alguém descobrir à quanto “tempo” cá estamos... Bem, se calhar foi simplesmente um gajo maluco que não tinha mais nada para fazer, começou a bater com uma caneta na mesa e pensou, “olha que giro! E se eu inventasse uma máquina que fizesse bater a caneta a um ritmo constante?!..”. Se eu vivesse na mesma altura, pá..acho que apoiava completamente o gajo, se bem que agora, após uma prolongada reflexão sobre este assunto, não consigo encontrar utilidade para tal máquina – supostamente o relógio – a não ser a utilidade de nos prender a algo, escravizar-nos. Somos escravos do tempo e não podemos desmentir este facto. Quantos de nós não têm um despertador, que vos acorda todos os dias sempre à mesma hora? Todos têm um despertador, nem que seja o pai ou a mãe a gritarem “Levanta-te!!!”. Todos temos uma rotina...E a minha questão é esta: não vos apetece de vez em quando quebrarem a rotina? Vejamos, um belo dia acordamos com o barulho irritante de uma buzina de um camião (este foi o pior exemplo que consegui arranjar...), ok...é melhor o despertador, ouvimos um barulho merdosamente estridente e irritante, o nosso primeiro reflexo é o de levantarmo-nos e o segundo será o de partirmos a porra do despertador. Aqui, o acto de partir o despertador vai servir como uma mudança, pois o nosso organismo estará tão habituado a acordar com o despertador, que se este não estiver presente a tocar ás X horas, não acordamos, melhor, não acordamos a horas. Sem o despertador, tempo, horas, chegávamos atrasados à escola ou trabalho, não nos conseguiríamos organizar...seria talvez um perfeito caos, visto que hoje em dia vivemos tão dependentes desta sucessão eterna de instantes que é o tempo. Mas já imaginaram se ninguém tivesse pensado no tempo, não haveria relógios, horários, poderíamos realizar tarefas com prazos extensíveis ás nossas necessidades, não existiria uma unidade que dissesse quando. Bom, mas o tempo existe e eu estou a perde-lo...
“Por isso tomo este ópio, é um remédio, Sou um Convalescente do Momento, Moro no rés-do-chão do teu Pensamento, E ver passar a vida faz-me tédio.” (Fernando Pessoa, Opiário)
Por isso, nunca deixem a vida (tempo) passar, aproveitem-na ao máximo sempre que puderem, tentem se desprender um pouco daquelas máquinas irritantes que fazem tic toc a um ritmo constante. Não digo para largarem o tempo, pois seria o mesmo que largarem a vida. Digo para em vez de viverem o tempo presos a horários e compromissos, vivam a vida por vocês próprios, criem as vossas próprias regras, horários e vida. Criem um novo mundo, um mundo que marque posição, um mundo intemporal, um mundo completamente renovado e com as nossas regras.
Débora G.

5 Comments:

At fevereiro 04, 2005 5:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Tempo. O tempo é moldável, ao contrário do k tentas passar. Podes usar o tempo para o que queiras, apesar da maior parte do tempo que nos resta ser usado, ironicamente, para arranjar mais tempo. A rotina, foges a ela. Depois de fugir a 1ª vez, foges outra. e outra. e outra. Até que se torna uma rotina por si só. Não há maneira de fugir á rotina, á morte, e aos doces :P. tem de ser. é asism k o mundo e a nossa vida tão organizados. mas sim. Vive a vida. =]

 
At fevereiro 04, 2005 5:12 da tarde, Anonymous Anónimo said...

quando comentarem aqui no blog, pff, nao se esqueçam de assinar no fim ! Débora G.

 
At fevereiro 04, 2005 5:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Bem...tavas inspirada!!! Desconhecia esse teu lado "filosófico".
Tá mt fx.
Continua Bjx******
Mary

 
At fevereiro 04, 2005 11:40 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ja tava mm a espera k foxe grande...=P nc tenho tmp pa ler coisas tao grandes mx desta vez foi uma excepção;)
to a brincar...continua
Bjs*** ass:Pedro Baptista

 
At fevereiro 11, 2005 2:48 da tarde, Anonymous Anónimo said...

débora in da house a filosofar k nem o platão...bom ta muito giro o artigo e da k pensar...continua...beijinhos Baptista

 

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