sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Para Ti...

E é assim, mais uma vez escrevo para ti minhas palavras brancas de sentido e tão pseudo-filosóficas... Penso em ti, e a dor de não te puder sentir aumenta. Dizem, pior que a dor física, é a dor psicológica, aquela que me causas quando me envoltas num paradoxo tão profundo quanto o mundo. Posso ser diferente de todos, mas não sou decerto insensível, tenho sentimentos e disso estou eu bem certa. Sinto tudo à flor da pele, intensivamente e incansavelmente, incessantemente noite e dia inteiros. Sinto!... E por agora sinto a tua distância em relação a mim. É grande. Parece diminuir de quando em quando, outras vezes, pelo contrário, parece aumentar! Mas eu, eu não quero, nem sei pensar assim! Se a distância entre... nós [se o posso dizer], fosse igual à minha dor, podes acreditar que sofro e quero parar de sofrer assim. Aproxima-te, sem medo! Tento sobrepor a esta dor psicológica uma outra dor,..., no momento que o faço, alivia-me da depressão que me causas, mas rapidamente voltas a aparecer no meu pensamento. És talvez, uma constante inconstante no meu ser, vivo com a tua dor, com a minha paixão, vivo com o mundo enfim. E nisto tudo, ainda tenho tempo para pensar como sou capaz de sobreviver... E sei, sei que a dor que me causas só me fortalece. Faz-me lembrar que tenho de lutar se algo ou alguém quero! Faz-me lembrar que vivo... [obrigada por isso]. Quero te sentir!... Ou melhor, sinto-te, mas longe. Quero te sentir perto, sem preconceitos, desligado das opiniões alheias, tu mesmo... Tu, como escassas vezes me mostras. [Será que tens medo de mim?! Queres sentir alguém mais que não a mim? Eu respeito...] E eu na minha “quase” pura ingenuidade penso que algum dia possas sentir alguma coisa por mim... Nem que seja a dor de não me possuíres, ao menos não te seria indiferente. Mas o que quero que sintas por mim, decerto que dor não é! Não quero, nem sequer desejo isso a ninguém! Não é dor, nem é ódio, não é felicidade só, nem é apenas amizade mas sim [talvez] amor... Gostava que, algum dia, alguém sentisse isso por mim. E ainda continuo à espera de alguém... Eu peço desculpa se ofendo alguém, mas até hoje não consegui sentir o verdadeiro amor, aquele de que tantos falam... O melhor de todos [se calhar porque nunca experimentaram mais nenhum...]. Talvez nunca tenha sentido assim porque sempre penso de uma maneira a que eu gosto de chamar “segura”, ou seja, altos voos, altas quedas trazem e por isso devemos jogar pelo seguro. Certamente não quero cair e correr o risco de me magoar, talvez, em vão... Quero ter certezas, mas certezas, essas estão lá longe de mim! Sou incerta e inconstante. Sou paixão que inflama e queima o meu engenho. Sou o silêncio penetrante, quando nem teu nome refiro. Sou eu, sem ti, a vaguear no meu sofrimento faustoso... A vaguear, a vadiar, a considerar a minha existência, a tua e a das gentes. Vivo em alucinações ilusionistas sobre aquilo que sentes por mim, alheio-me nestas palavras soltas, sem conexão alguma, à procura de respostas, à procura de ti em mim, estás aqui, longe, mas estás...

3 Comments:

At fevereiro 19, 2005 7:36 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Há certos riscos que se tomam. De alvos voos e altas quedas... Por maior que a queda seja há sempre algo que a compensa

Não tenhas medo, que do medo nascem todos os males. Enfrenta tudo com coragem, e por mais que caias, a queda será menor

 
At fevereiro 20, 2005 5:23 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Para ti...porque quero

As vezes a vida prega-nos partidas das quais não estamos à espera
As vezes nem o sonho nem a vontade, este corpo, eleva
Muitas vezes pensamos que o fim está iminente e não custa
E por incrivel que pareça o passado até a nossa mente ofusca
Temos de andar sempre em frente e viver a vida como podemos
Não temos de nos martezirar pelo que aconteceu, muito menos arrependermo-nos
Mas enfim, a vida não é o que parece
A nossa alma empobrece
E aqui estamos, a ver se mudamos isto para algo melhor
Tendo sempre em mente que o que passou foi o pior

Até quando eu pensava que não tinha mais nada a dizer
Alguma coisa me abala, e passo a perceber
Afinal não muda o que sentes, afinal não muda o que sinto
Contentes ou tristes, tem tudo que fazer sentido
A minha presença em ti, digo-te, para sempre ficará
A minha consciência em si, nunca o esquecerá
Os restos que ficam da mágoa e alegria da tua alma e coração
São sinonimos em mim, de grande amor e extraordinária satisfação

 
At março 01, 2005 9:23 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Por outra vertente, há riscos que e decisões que nunca se deviam tomar..
Tudo depende das situações, cada um tem as suas e no meu caso especifico leva-me a achar que nem tudo vale a pena.
Às vezes não é facil encontrar equilibrio, outras ele aparece quando menos se espera [já ponderei se não será apenas ilusão minha, o equilibrio].
Enfim, opiniões, sentimentos, esperanças que variam com o estado do tempo.

 

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