sexta-feira, março 11, 2005

Amizade

Apesar de não ser o post que eu tinha em mente para apresentar aqui, é igualmente bom quanto o outro “pré-pensado”. A ideia para este post surgiu-me logo após uma leitura de um texto de um amigo meu [Guilherme]. Falavas tu de desvelo, das pessoas que nos deixam marcas, de partidas saudosas, carinho, enfim, da amizade… E é verdade, em todo o nosso percurso fartamo-nos de conhecer pessoas. Algumas apenas nos parecem importantes quando estão próximas de nós e quando se afastam não somos capazes de sentir uma grande perda, sentimos tristeza por esse alguém se afastar, mas não ficamos presos por e a esse alguém. Outras fazem-nos sentir solitários sem a sua presença, marcam uma posição emocional e imagética no nosso coração, que muitas vezes é difícil, se não utópico, fazer desaparecer a imagem daquela pessoa da nossa cabeça... Saudades, é aquilo que sentimos quando estamos fisicamente apartados dessa pessoa, embora às vezes também possa ser uma distância psicológica; criamos laços que por vezes tornam-se inquebráveis e se por algum motivo esse alguém a quem nos amarrámos, nos falhar... o que acontece? Choramos? Rimos? Permanecemos ireaccionáveis?... Impossível é não sentir nada quando alguém nos abandona... até mesmo que seja um inimigo nosso, ao menos sentimos aquele orgulho, “felicidade”, vontade de rir e de falar mal do inimigo porque esse já vai bem longe. Se temos sentidos é para os utilizar, sentimos amizade e carinho pelos que nos são mais próximos, sentimos a necessidade de ajudar e de sermos ajudados por esses mesmos. Tesouros... como tu o dizes a amizade é um tesouro, com o seu devido preço [acrescento eu]... cabe a nós pagarmo-la com os nossos sentimentos em troca de outros de outro alguém!